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OITAVA DE PÁSCOA - O Senhor é bom e eterna é a sua divina misericórdia


A Liturgia do Domingo da Divina Misericórdia, que encerra a Oitava da Páscoa, revela-nos o início da comunidade cristã, praticada pela catequese, pela comunhão, pela fração do pão e pelas orações [1]. O Papa Francisco ensina que aquela “é uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor e a misericórdia com simplicidade e fraternidade”. Com o anúncio do Cristo Ressuscitado, é preciso vivenciar uma vida nova, de amor e fé, que será “fonte de alegria indizível e gloriosa” [2]. Aquela primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, fiéis à Vida, Morte e Ressureição de Jesus, iniciou a Igreja que hoje é universal. E quanto a nós, o que queremos da Vida Nova? O que mudaremos com o anúncio da Ressurreição do Senhor?


Aqueles primeiros que se converteram eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, entendiam a importância de conhecer em profundidade o que lhes era transmitido. Inspirados pelo aprendizado dos fundamentos da fé, aquela comunidade vivia em comunhão fraterna, unidos pelo Espírito Santo. Essa comunhão era vivenciada na fração do pão, um rito “próprio da refeição dos judeus, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como chefe de família, sobretudo quando da última ceia”, como ensina o Catecismo da Igreja Católica (1329). E as orações – que conjugado no plural indica orações específicas – são “as que os fiéis ouvem e leem nas Escrituras, mas eles atualizam-nas, em particular as dos salmos, a partir da sua realização em Cristo”, o que também é explicado pelo Catecismo da Igreja Católica (2625).


O Santo Papa João Paulo II ensina que “a paz é o dom oferecido aos homens pelo Senhor ressuscitado e é o fruto da vida nova inaugurada pela sua ressurreição”. Esse é o verdadeiro testemunho cristão, a paz vivida constantemente, em um sentimento de comunhão que preenche os nossos corações: “Oh! como é bom, como é agradável viverem os irmãos em harmonia!” [4]. A vida, em paz é a vida em abundância da qual Jesus nos fala [5]. Ao encerrarmos a Oitava da Páscoa, estejamos prontos para dar verdadeiro testemunho do Cristo Ressuscitado, prolongando esse sentimento fraterno, de entrega e confiança, de paz e harmonia.


Sejamos virtuosos nas paróquias, nos nossos lares, nos ambientes de trabalho e estudo, nas ocupações cotidianas, e em todo tempo e lugar sejamos sal da terra e luz do mundo [6]. Esse convite, renovado, deve inspirar nossos corações com a mesma simplicidade que inspirou as primeiras comunidades cristãs; especialmente nos dias atuais, em que a sociedade tecnológica é muito mais complexa e estressante, é dessa simplicidade que precisamos. Nas palavras do Santo Papa João Paulo II: “Por mais atormentadas que sejam as situações e grandes as tensões e os conflitos, nada pode resistir à renovação eficaz que Cristo Ressuscitado nos trouxe. Ele é a nossa paz”.


Saibamos viver com humildade e carinho a Vida Plena em Jesus, a Paz que o Cristo Ressuscitado nos desejou. Acalma teu coração, vivencia a Páscoa constantemente, anunciando a Boa Nova com alegria e com a tranquilidade de quem confia na providência de Deus Pai. Que assim seja!

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