Os meios de comunicação, ao longo do tempo, seguiram caminhos parecidos. Primeiro, esses meios tiveram cunho político/militar, às vezes, com intenções bem específicas dentro de uma determinada estratégia. Depois, passaram a ser parte da estratégia das grandes empresas, até se tornarem populares. Porém, quando o meio se populariza, o alicerce desta estrutura passa a ser o usuário. Este, por sua vez, não faz nenhum planejamento, simplesmente utiliza o meio como foi concebido.
A seguir veremos alguns conceitos que merecem ser citados.
a) Interatividade – O termo foi antecedido pela “expressão ’comunicação interativa’ no meio acadêmico dos anos 1970, que expressava a bidirecionalidade entre emissores e receptores, expressando troca e conversação livre e criativa entre os polos do processo comunicacional”. Com o uso cada vez mais frequente das Tecnologias de Informação e Comunicação ou pela denominada geração digital, o termo interatividade se tornou mais atual nas discussões acadêmicas. Para Lemos isto faz com que a interatividade seja um caso explícito de interação. Isso quer dizer que existe uma relação do homem com a máquina, por meio de um conjunto de elementos digitais.
b) Hipertexto – O hipertexto é, em sua definição, uma forma de escrita e leitura não lineares, com blocos de informação ligados à palavra, partes de um texto (imagem, áudio, vídeo, infográfico, animações).
c) Multimidialidade – O termo multimídia tem diferentes abordagens. Pierre Lévy chama atenção para o conceito de mídia que se refere aos suportes de informação e de comunicação existentes: impresso, cinema, rádio, televisão. A convergência de diversas mídias num espaço informático passaria necessariamente para a convergência delas em outra mídia específica: a digital. Essa convergência facilita a combinação de diferentes mídias: sons, imagens, animações, vídeos, que estimulariam outras modalidades perceptivas (audição, visão, odor) o que acabaria sendo mais adequadamente chamado de unimídia multimodal. (Pérez-Quiñones e Sibert, 1996).
d) Personalização – É a distinção e a oferta de serviços, produtos, informações, diante das necessidades, motivações, expectativas e atitudes de indivíduos. Sendo assim, a informação personalizada, individualizada ou customizada, pode ser oferecida ao usuário de várias formas, configurando páginas de acordo com seus interesses; indicando preferências por hierarquia de dados, formatos de apresentação visual, cores, tipos e tamanhos de fontes; recebendo, por e-mail, notícias sobre assuntos anteriormente indicados como sendo de seu interesse.
e) Colaboração – Conforme Lévy (2000), este cenário proporciona a existência de uma Internet colaborativa, que caminha para a disseminação da inteligência coletiva. Seu pensamento nos conduz a reflexão de que a Internet é um canal pelo qual flui uma grande quantidade de práticas sociais, culturais, políticas e econômicas. Um espaço interativo, de trocas, de criação e geração, além de armazenamento de informações, tornando-se uma ferramenta de colaboração entre os participantes.
Entender as características da mídia digital é fundamental para compreender o comportamento de seu público. O conceito de “Cauda Longa”, muito difundido no Marketing Digital, basicamente, é a possibilidade de pequenas instituições também serem encontradas na web, o que seria difícil sem ela.
Diante do alcance que as mídias sociais representam e o baixo custo para produção de conteúdo, grupos diversos se espalham pelas redes.
E a nossa Igreja Católica precisa marcar presença!
*Prof. Luís Fernando Ribeiro de Oliveira